BENGALURU, Índia (Reuters) – Cameron Winklevoss, que fundou a corretora de criptomoedas Gemini Trust com seu irmão gêmeo, acusou o presidente-executivo da Digital Currency Group (DCG), Barry Silbert, de “táticas de má fé” e cobrou o pagamento de 900 milhões de dólares relativos a ativos de clientes até 8 de janeiro.
A Gemini tem um produto de empréstimo de criptomoedas chamado Earn em parceria com a empresa de moedas digitais Genesis, da DCG. A Genesis bloqueou os saques de clientes em novembro, após o colapso da corretora FTX.
Winklevoss disse que a Genesis deve mais de 900 milhões de dólares a cerca de 340 mil investidores do Earn, e que ele tem tentado chegar a uma “resolução consensual” com Silbert nas últimas seis semanas.
“No entanto, agora está ficando claro que você tem se engajado em táticas de má fé”, escreveu Winklevoss em uma carta aberta a Silbert publicada no Twitter.
“Pedimos que se comprometam publicamente a trabalhar juntos para resolver este problema até 8 de janeiro”, acrescentou. A carta não diz o que acontecerá se um acordo não for alcançado até o prazo.
Winklevoss escreveu que a DCG deve à Genesis 1,675 bilhão de dólares, dinheiro que a Genesis, por sua vez, deve aos clientes do Earn e outros credores. Ele acrescentou que “essa bagunça é inteiramente sua”.
Silbert respondeu em um tuíte que a DCG não pegou empréstimo de 1,675 bilhão de dólares com a Genesis.
“A DCG nunca perdeu um pagamento de juros para a Genesis e está em dia com todos os empréstimos pendentes”, disse Silbert, acrescentando que a DCG entregou uma proposta aos consultores da Genesis e Winklevoss em 29 de dezembro e não recebeu uma resposta.
A Genesis escreveu em uma carta aos clientes em 7 de dezembro que estava trabalhando para preservar os ativos e fortalecer a liquidez, acrescentando que levaria “semanas em vez de dias” para formular um plano.
(Por Mrinmay Dey)