O objetivo não precisou ser explicitamente anunciado, já que foi anunciado por símbolos potentes: patriotismo, demonstração ostensiva do poder militar, defesa da liberdade. A militância convocada para a celebração do Bicentenário da Independência no curso do período eleitoral recebeu como derradeira missão mostrar a força da candidatura do investigado em uma luta do bem contra o mal.
Benedito Gonçalves, corregedor-geral eleitoral
Tarcisio Vieira de Carvalho Neto, que defende Bolsonaro, disse na semana passada que houve uma “cisão” entre o ato do governo e o ato de campanha, ilustrado com o fato de Bolsonaro ter retirado a faixa presidencial entre o desfile militar e o discurso político no trio elétrico em Brasília.
“A tese da defesa é a existência, sim, de uma cisão factual entre momentos diversos”, disse. “Entre uma fase do dia em que Bolsonaro era presidente e outra fase do dia em que Bolsonaro, como qualquer outro dos candidatos, também era candidato”, disse.
Benedito multa Braga Netto; Floriano defendeu inelegibilidade
Em relação à participação a Braga Netto, Benedito Gonçalves aplicou uma multa de R$ 212 mil ao militar, mas o salvou da inelegibilidade.
O ministro Floriano de Azevedo Marques divergiu de Benedito em relação a Braga Netto, defendendo uma punição mais dura ao militar. Para ele, o candidato à vice também deve ser tornado inelegível.