Um dos principais casos que Raul Araújo herdará de Benedito será a ação que mira um “ecossistema da desinformação” na campanha bolsonarista de 2022.
Além de Bolsonaro e Braga Netto, o processo tem entre seus alvos os três filhos do ex-presidente: Flávio, Carlos e Eduardo, e outros 40 aliados do ex-mandatário, como Ricardo Salles (PL-SP), Mario Frias (PL-SP), Alexandre Ramagem (PL-RJ) Carla Zambelli (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF).
Benedito tentou dar celeridade ao processo, mas a ação é considerada uma das mais complexas no TSE – até pela quantidade de investigados sobre o tema espinhoso envolvendo desinformação. Soma-se a isso que parte dos investigados não foram intimados pelo TSE, o que torna a instrução ainda mais demorada.
Advogados que acompanham as ações no TSE avaliam que Araújo poderá dar uma tramitação lenta ao processo e esperar mudanças na composição do tribunal para levar o caso ao plenário.
Em agosto do ano que vem, Moraes deixará a Corte Eleitoral e será substituído por André Mendonça, indicado por Bolsonaro, o que poderia fortalecer a ala mais alinhada ao ex-presidente.
Ministra que substitui Benedito é incógnita
A saída de Benedito Gonçalves também leva a ministra Isabel Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça e atual ministra substituta do TSE, à posição de titular. De perfil discreto, a postura dela é uma incógnita até para integrantes do tribunal e ficará na Corte até 2025.