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Smartwatch do metaverso? Óculos ‘substitui’ celular? O que vem aí

Smartwatch do metaverso? Óculos ‘substitui’ celular? O que vem aí

Nos próximos dois anos, a Meta vai lançar três novos modelos de óculos de realidade virtual, numa prova de que o sonho do metaverso está longe de ser descartado pela empresa de Mark Zuckerberg, apesar dos prejuízos e das demissões.

A informação foi obtida por Alex Heath, editor-adjunto do The Verge e autor do Command Line, um boletim informativo semanal sobre a indústria de tecnologia. Heath é um colecionador de furos jornalísticos na área de tecnologia —antecipou, inclusive, a mudança do nome do Facebook— e participou da equipe que produziu a reportagem de capa da New York Magazine sobre a compra do Twitter por Elon Musk.

Nenhuma fonte da Meta quis comentar a informação apresentada por Heath e logo reproduzida por dezenas de publicações.

Confira o que pode vir nos próximos anos:

2023

Ainda em 2023 sai um novo modelo de Oculus, o Quest 3, que leva o codinome interno de Stinson.

Ele será duas vezes mais fino e pelo menos duas vezes mais poderoso que o Quest 2.

Mas também vai custar mais caro.

Os executivos reconhecem que têm um desafio pela frente: convencer as pessoas a pagarem “um pouco mais” do que os US$ 400 que custa o Quest 2.

Oculus Quest 3 - Reprodução/ Twitter/@SadlyItsBradley - Reprodução/ Twitter/@SadlyItsBradley

Imagem vazada do possível Oculus Quest 3

Imagem: Reprodução/ Twitter/@SadlyItsBradley

O Quest 3 surgirá com 41 novos aplicativos e jogos.

O principal avanço é o foco nas experiências de “mixed reality” (realidade misturada), jogos e aplicativos que criam uma camada virtual sobre o ambiente real do usuário.

Ao contrário do que acontece com o Quest 2, os usuários poderão se movimentar no local onde estiverem usando o equipamento —ou até tomar um café no meio da experiência— graças a câmeras que exibem o entorno, junto com a realidade virtual, o que permitirá usar o aparelho por mais tempo.

2024

Em 2024, o plano é lançar um headset mais em conta e mais eficiente. O projeto tem o codinome de Ventura e, ao que tudo indica, continua sendo uma evolução incremental do que já temos hoje em dia.

2025

No planejamento da empresa, é a partir de 2025 que começaremos a ver o resultado prático de algumas pesquisas e tecnologias que hoje não são mais que protótipos e demonstrações.

A previsão é que nessa versão, o Oculus seja comandado por um relógio de interface neural, tecnologia que foi timidamente demonstrada na última Meta Connect, mas que, basicamente, é um relógio que lê microssinais elétricos do pulso, criando uma forma nova e não intrusiva para controlar equipamentos.

Oculus comandado por um relógio de interface neural - Meta - Meta

Oculus comandado por relógio de interface neural pode ser algo assim

Imagem: Meta

É cedo para saber se isso vai realmente funcionar e é um tanto abstrato de compreender, mas a aposta é que, mais adiante, a gente vai se acostumar com essa nova interface e vai poder, por exemplo, “escrever” apenas pensando nas teclas que gostaríamos de apertar. “Parece bruxaria, mas é tecnologia.”

2027

Apenas dois anos mais tarde, em 2027, deve ficar pronto o primeiro Oculus de realidade aumentada, este sim, capaz de se tornar tão usado quanto os celulares.

Esse é o marco da jornada proposta pelo Zuckerberg, quando disse que vem abordando o problema dos óculos a partir de duas direções:

  • Em uma, cria óculos mais potentes e realistas –evoluções do Oculus Quest
  • Na outra, em sua parceria com a RayBan, tenta criar os óculos leves e portáteis que as pessoas possam usar no cotidiano

The Verge teve acesso a uma apresentação feita para toda a equipe da divisão Reality Labs. Nela, Mark Rabkin, vice-presidente da Meta para realidade virtual, reconheceu que está complicado manter o engajamento dos novos usuários com o Quest 2 —de que foram vendidas 20 milhões de unidades.

Os próximos passos da Meta parecem indicar que o metaverso continua a ser uma estrela no horizonte.

Não é tudo aquilo que pareceu ser num primeiro momento —estes colunistas sempre registraram o abismo entre a fantasia e a realidade, ainda que virtual—, mas parece ser mais que uma nuvem passageira.

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