O sucesso do programa de programa ChatGPT, que permite realizar tarefas relativamente complexas rapidamente graças à inteligência artificial, começa a preocupar alguns setores. Profissionais de áreas como marketing ou programação informática temem que o sistema represente um concorrente de peso no mercado de trabalho. Uma pesquisa recente mostrou que 1/5 dos usuários temem perder o emprego por causa do chatbot e que alguns patrões já calculam o ganho de produtividade se usarem o robô para realizar algumas tarefas.
O sucesso do programa de programa ChatGPT, que permite realizar tarefas relativamente complexas rapidamente graças à inteligência artificial, começa a preocupar alguns setores. Profissionais de áreas como marketing ou programação informática temem que o sistema represente um concorrente de peso no mercado de trabalho.
Uma pesquisa recente mostrou que 1/5 dos usuários temem perder o emprego por causa do chatbot e que alguns patrões já calculam o ganho de produtividade se usarem o robô para realizar algumas tarefas.
O lançamento do ChatGPT no final de 2022 pela start-up californiana OpenAI, com o auxílio da Microsoft, suscitou um debate concreto sobre o papel da inteligência artificial na vida das pessoas.
O robô de conversas (chatbot), capaz de responder a qualquer pergunta com mais ou menos precisão, mostrou que era possível redigir textos em alguns segundos, solucionar problemas em instantes e até escrever artigos científicos sem muito esforço. Atualmente gratuito, o serviço conquistou 100 milhões de usuários em dois meses.
No entanto, se no início o debate sobre seu impacto se concentrava no mundo acadêmico, como alunos redigindo suas provas em tempo recorde, em um fenômeno levou algumas universidades a tentar banir a utilização do sistema, ChatGPT preocupa cada vez mais no mundo profissional. É o que constata uma pesquisa internacional realizada pela Sortlist, uma empresa especializada em marketing, que questionou os usuários do robô em seis países do mundo.
A pesquisa aponta que 21% dos usuários do chatbot temem que o programa “roube” seu trabalho. Esse receio é presente entre profissionais das finanças e da educação, mas principalmente entre aqueles que atuam na área de tecnologia, como os desenvolvedores de programas de informática. Cerca de um quarto dos entrevistados nesse setor têm medo que o ChatGPT possa criar softwares sozinho.
Outra área que pode ser bastante afetada é o marketing. O ChatGPT tem potencial não apenas para escrever textos, mas também para entrar em contato com novos clientes e até responder dúvidas.
Millennials têm medo do ChatGPT
A pesquisa também aponta que os millennials (que têm hoje entre 25 e 35 anos) que trabalham com tecnologia e finanças são os que mais têm medo do ChatGPT. Segundo o estudo, eles estão 2,4 vezes mais preocupados que os demais com o impacto dos chatbots em suas atividades profissionais. E esse receio não é apenas um delírio futurista. Os usuários confessam que o programa representa um “potencial de ganho de produtividade entre 25% e 50%”.
O cálculo não deixa os patrões insensíveis, que já vislumbram as economias que podem fazer na ficha de pagamento. No caso da informática, 26% dos empregadores entrevistados confirmaram que pretendem reduzir o número de funcionários por causa do uso da inteligência artificial.
Já no marketing, mesmo se os patrões não falam de demissões, eles constataram que o uso do chatbot representa, em média, um ganho de 74% na produtividade.
A pesquisa entrevistou 500 usuários do ChatGPT entre 27 de dezembro de 9 de janeiro no Reino Unido, Bélgica, Alemanha, Espanha, Holanda e França.
Novos “robôs” chegam no mercado
Enquanto os usuários do ChatGPT se questionam sobre o impacto do dispositivo em suas atividades profissionais, os gigantes da informática começaram uma verdadeira corrida para saber quem vai ter o melhor chatbot. Google acaba de lançar o Bard e o site de buscas chinês Baidu anunciou seu próprio serviço.
Bard “procura combinar a amplitude do conhecimento global com o poder, a inteligência e a criatividade de nossos grandes modelos de linguagem”, explicou o diretor-geral do Google, Sundar Pichai, na segunda-feira (6).
“Ele se baseia em informações da web para fornecer respostas novas e de alta qualidade”, acrescentou o chefe do motor de buscas.
Já o projeto da Baidu é apenas uma das iniciativas chinesas, onde várias empresas estão desenvolvendo aplicativos para concorrer com ChatGPT. Batizado de “Ernie Bot”, o sistema está em fase de testes, que devem ser concluídos em março.
(Com informações da AFP)