Um passageiro a bordo de um avião comercial da United Airlines conseguiu registrar imagens do foguete Falcon 9, da SpaceX, assim que ele foi lançado do Centro Espacial Kennedy (KSC), da Nasa, localizado no Cabo Canaveral, Flórida (EUA). Há duas semanas, a missão Artemis saiu dessa mesma base rumo à Lua.
O flagra aconteceu no início da tarde do sábado (26), por volta das 14h20 (horário dos EUA). No mesmo lançamento, um satélite brasileiro aproveitou a carona dessa missão — de reabastecimento da Estação Espacial Internacional (ISS)— para sair da Terra.
Foguete em ação
O vídeo mostra o momento exato em que o foguete branco deixa o solo e ganha altitude rumo à órbita terrestre.
Pelas imagens, é possível notar que o lançamento do Falcon 9 aconteceu em um dia de Sol sem nuvens, o que permitiu a todos os passageiros acompanhar o raro evento. A posição em que o avião estava sobrevoando a área também contemplou uma vista fantástica.
“Uma das coisas mais legais que já vi”, afirmou o fotojornalista da NBC Nick Leimbach, que compartilhou o vídeo em sua conta do Twitter.
O avião havia decolado do aeroporto Dulles International em Washington DC, às 12h25 do sábado (26) com destino a George Town, nas Ilhas Cayman, onde pousou 3h30 após a decolagem. Sua rota cruzava exatamente o Centro Espacial Kennedy da Nasa no momento exato do lançamento.
Objetivo do lançamento
O foguete Falcon 9 da SpaceX integra a missão CRS-26 da Nasa, sem tripulação e rumo à Estação Espacial Internacional. A reboque, estava a espaçonave Dragon, cuja missão foi levar suprimentos e equipamentos para as equipes que estão a bordo da ISS.
Um dos materiais transportados foi o Microscópio Lunar, um minúsculo dispositivo com a missão de coletar amostras de sangue dos astronautas e analisá-las através de um dispositivo portátil.
O equipamento passará por testes para, no futuro, ser capaz de realizar diagnósticos de sangue para os astronautas que estiverem na Lua ou em Marte.
Satélite brasileiro foi junto
Além da Dragon, o mini satélite brasileiro SPORT (Scintillation Prediction Observations Research Task ou “Tarefa de Pesquisa de Observações de Previsão de Cintilação”) foi enviado para fora da Terra através de uma parceria da Agência Espacial Brasileira (AEB) com a Nasa.
O equipamento brasileiro pesa 9kg e é do tamanho de uma caixa de sapato, por isso é considerado um nanossatélite. Ele vai investigar anomalias magnéticas da Terra, na região do Atlântico Sul, além de monitorar a ionosfera, que fica na parte superior da atmosfera terrestre.
Uma curiosidade: o nome do nanossatélite brasileiro é uma homenagem ao Sport Clube do Recife, um dos três maiores times de Pernambuco. A sugestão foi do líder da divisão de Clima Espacial da Nasa, Jim Spann, que morou na capital pernambucana durante a infância e se tornou um dos torcedores entusiastas do time.