Ao receber uma delegação do “Prêmio Madre Teresa” em audiência no Palácio Apostólico do Vaticano, o Pontífice expressou sua gratidão a três pessoas que, em situações de vida muito diversas, vivem a caridade com os mais pobres.
O líder da Igreja Católica recordou o legado de Madre Teresa de Calcutá que deixou ao mundo “uma mensagem de pobreza, uma mensagem de proximidade, uma mensagem de fraternidade e uma mensagem de oração”.
“Também a oração em tempos escuros, porque esta mulher passou por verdadeiras tempestades espirituais com escuridão interior, mas ela continuou a rezar”, acrescentou ele.
Francisco ainda pediu para Madre Teresa ajudar-nos “lá do céu” a “viver a pobreza com simplicidade e com a oração”. “Assim, podemos ajudar os outros, e não é mera caridade; que é uma coisa boa, uma beneficência é boa, mas é pagã. Cristã é a proximidade, a caridade com oração. E isto é bom”, enfatizou.
Além disso, o Papa decidiu entregar, em seu 86º aniversário, o sinal de gratidão a três pessoas que, em situações de vida muito diversas, vivem a caridade para com os mais pobres dos pobres.
São eles: o padre franciscano Hanna Jallouf, que vive entre os pobres da Síria, “em tempo de guerra, contínua e devastadora”; Gian Piero, uma pessoa em situação de sem-abrigo, conhecida como Wué, “que todos os dias destina uma parte das ofertas que recebe para ajudar pessoas mais pobres do que ele”; e o italiano Silvano Pedrollo, empresário de Verona que emprega “uma parte significativa dos lucros da sua empresa para assistir e socorrer os mais pobres em várias nações da África, Índia e América Latina, construindo escolas, poços e unidades de saúde”.
Em seguida, o Papa entregou, na presença de cerca de 20 irmãs e 20 pessoas acolhidas pelas Missionárias da Caridade em seus dormitórios, “a carícia de Madre Teresa pelos pobres do mundo”, uma pequena escultura que pretende ser um sinal de gratidão a aqueles que cuidam dos mais vulneráveis.
Felicitações – Completando 86 anos neste sábado, Jorge Bergoglio recebeu diversas mensagens de felicitações de políticos italianos e mundiais, como o presidente da Itália, Sergio Mattarella.
“Por ocasião do seu aniversário, desejo dirigir-lhe, em nome de todos os italianos e meu, os mais sinceros e cordiais votos pelo seu bem-estar pessoal e pela longa e frutuosa continuação do seu alto magistério”, diz Mattarella.
Em sua mensagem ao Pontífice, o presidente italiano destaca, entre outras coisas, como “são de particular valor os apelos sentidos de Vossa Santidade para alertar a comunidade internacional sobre o risco de uma perigosa deriva para um conflito generalizado”.
Mattarella lembra ainda que “o ano que se aproxima é dramaticamente marcado pela agressão da Rússia contra a Ucrânia, com gravíssimas consequências para o povo ucraniano – vítima de crimes hediondos – e para o mundo inteiro”.
Já a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, teria enviado ao Papa uma carta de votos de felicidades. (ANSA).