By Um dos grandes sucessos do cinema no ano passado, Pantera Negra: Wakanda para Sempre (2022) teria uma história bem diferente caso Chadwick Boseman (1976-2020) ainda estivesse vivo. No roteiro original escrito por Ryan Coogler, T’Challa (Boseman) e Shuri (Letitia Wright) dividiriam o posto de grande defensor de Wakanda, com dois Panteras Negras em ação para bater de frente com Namor (Tenoch Huerta).
A revelação foi feita pela própria Letitia Wright durante uma participação no The Empire Film Podcast. A atriz contou que a intenção de Ryan Coogler sempre foi colocar Shuri como a nova Pantera Negra, mas não como uma substituta de T’Challa, e sim ao lado dele. Por isso, ela disse que vestir o traje da heroína no longa foi um “momento agridoce”.
“A Shuri sempre faria aquilo, mas seria de um jeito diferente, em que ela teria o irmão ao lado dela. E nós íamos explorar, como nos quadrinhos, as maneiras de T’Challa e Shuri serem dois Panteras Negras e descobrirem como defender a nação deles juntos. Mas, infelizmente, não foi assim que as coisas aconteceram”, lembrou ela.
No podcast, Letitia ainda ressaltou que estava bem ciente da importância de substituir T’Challa –e também Chadwick Boseman– como a nova heroína da franquia. “Eu sabia da responsabilidade, eu sabia do peso que aquilo tinha. Mas foi muito agridoce, algo com o qual eu lutei muito. Mas estou muito orgulhosa do que eu fiz e recebi muito apoio do elenco e da equipe.”
Antes, o diretor Ryan Coogler já havia revelado outras diferenças do roteiro original com o Pantera Negra que o público viu nas telonas. Em entrevista ao The New York Times, o cineasta explicou que a continuação daria destaque para a relação de T’Challa (Boseman) com seu filho, Toussaint (Divine Love Konadu-Sun). A história se passaria anos após o Blip de Thanos (John Brolin), com o protagonista tentando se reaproximar do garoto após perder seus primeiros anos de vida.
De acordo com Coogler, a sequência ainda teria Namor como o vilão, mas T’Challa estaria ligado a Nakia (Lupita Nyong’o), que deu à luz Toussaint enquanto ele estava “morto”. Lidar com essa nova realidade seria o principal foco da trama, mesmo quando o Pantera Negra enfrentasse Namor.
“Nós pensamos: ‘O que vamos fazer sobre o Blip?’. Esse foi o desafio. Não era absolutamente nada parecido com o que fizemos. Seria uma história de pai e filho sob a perspectiva de um pai, porque o primeiro filme tinha sido uma história de pai e filho sob a perspectiva dos filhos”, explicou o diretor.
