“A OMS está muito preocupada com a evolução da situação na China. Para efetuar uma avaliação completa do risco da situação, a OMS precisa de informações mais detalhadas sobre a gravidade da situação, como as internações hospitalares e a necessidade do uso de unidades de terapia intensiva”, disse durante coletiva em Genebra, na Suíça.
Após quase três anos, a China afrouxou a política da “Covid zero” em meio a protestos populares contra as duríssimas restrições sanitárias. As manifestações ocorreram durante uma nova onda de contágios, que fez a nação bater recordes diários.
No entanto, apesar de ter praticamente toda a população vacinada com as duas primeiras doses, nem 60% das pessoas, especialmente idosos, tomaram a injeção de reforço. Além disso, o governo chinês se nega a aceitar imunizantes produzidos em outras nações, o que faz com que a população não tenha os benefícios do mix de tecnologias como em outros locais do mundo.
Essa soma de fatores aumenta as preocupações de que a China possa atingir até um milhão de mortes se o plano de aceleração de vacinação não funcionar. Outro temor é que novas mutações possam surgir por conta dos contágios em massa no país.
Vacinas alemãs – Nesta quarta-feira, o porta-voz do governo alemão, Steffen Hebestreit, informou que o país recebeu autorização de Pequim para enviar vacinas do tipo mRNA para proteger os cidadãos que moram na China.
Conforme Hebestreit, “cerca de 20 mil alemães” serão protegidos com doses do imunizante da BioNTech, feito em parceria com a Pfizer.
A decisão vem na esteira da liberação para que chineses que moram na Alemanha ou em outros países europeus possam receber a fórmula da Sinovac, que não é liberada pela União Europeia, “se desejarem”. (ANSA).