O bitcoin fechou 2022 com uma desvalorização de 67%, caindo de R$ 266 mil, na abertura do ano, para cerca de R$ 87 mil ao final do período. Apesar disso, os entusiastas da criptomoeda podem se animar, já que 2023 pode trazer algumas boas novidades para o ativo digital.
Assim, mesmo com as quedas de preço, o bitcoin é cada vez mais entendido como uma ferramenta de “salvação” para quem mora em países emergentes, ou seja, aqueles de economia inflacionária. Quer entender melhor como o bitcoin pode crescer em 2023? Vem com a gente!
Bitcoin é mais do que preço
Não há como negar que os últimos meses foram cruéis para os usuários de bitcoin e outros criptoativos: o valor das criptomoedas despencou, em um fenômeno motivado por fatores macroeconômicos e por diversas crises que acometeram o mercado cripto no ano passado.
Por outro lado, é importante lembrar o motivo pelo qual o bitcoin foi criado: servir como meio descentralizado de pagamentos, permitindo que pessoas e empresas transfiram valor sem a necessidade de utilizar bancos e instituições financeiras.
Desta forma, mesmo que o valor em reais da criptomoeda flutue drasticamente, a quantidade em bitcoin na carteira dos usuários permanece a mesma e a moeda continua funcionando exatamente como deveria, possibilitando transferências entre pessoas de todo o mundo de forma transparente e segura.
Segundo dados do CoinMarketCap, o bitcoin movimentou mais de R$ 2 bilhões nos últimos 30 dias, conforme dados de 3 de janeiro. A stablecoin USDT, por sua vez, movimentou R$ 2,7 bilhões, o que simboliza que os usuários de criptos permanecem ativos mesmo após as quedas.
Criptomoedas e países emergentes
Apesar de a situação econômica do Brasil não ser das melhores, há países com fragilidades ainda mais graves no sistema financeiro. Aqui, a inflação ficou entre 5% e 6% em 2022, enquanto na Argentina, por exemplo, o número ficou acima dos 90% no mesmo período, de acordo com dados da CNN Brasil.
Ao mesmo tempo, a maioria das nações com maior adoção de bitcoin e outras criptos possui economia fragilizada, pouco eficiente e com altos índices de inflação e desvalorização da moeda local. Segundo estudos recentes da Chainalysis, as populações que mais utilizam criptoativos são do Vietnã, Filipinas, Ucrânia e Índia.
A adoção de criptoativos em países emergentes não é uma coincidência: neles, as pessoas preferem usar criptos ao invés da moeda local, que costuma se desvalorizar frente ao dólar. Por esse motivo, Paquistão, Brasil, Tailândia, Rússia, Nigéria, Marrocos e Colômbia também compõem a lista dos grandes adeptos das criptos.
O bitcoin não vai cair para sempre
Mesmo que o desempenho recente do bitcoin e das outras criptos não empolgue, é importante entender que a má fase não vai durar para sempre: em algum momento, a situação deve melhorar para as moedas digitais, embora seja difícil cravar o momento específico quando isso ocorrerá.
Desta forma, 2023 pode ser um ano interessante para o crescimento do bitcoin em países em desenvolvimento e para os NFTs e as finanças descentralizadas em geral. Há vários projetos com potencial de crescimento no mercado cripto, e nada impede que eles floresçam nos próximos meses.
Além disso, o bitcoin já foi adotado por El Salvador e República Centro-Africana como moeda oficial. Quando a situação dos preços melhorar, é possível que outras nações adotem a criptomoeda: a Rússia, por exemplo, está cogitando realizar comércio com outras nações via criptos, segundo o Cointelegraph.
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