Ralph Fiennes que já viveu o vilão Voldemort na série Harry Potter, vive mais uma vez um antagonista com maestria. O chef Slowik vive de um perfeccionismo e megalomania que ajudaram a colocar seu restaurante no mapa, mas que já chegou em níveis absurdos. Vê-lo entrar em erupção mantendo o controle é um privilégio.
Anya Taylor-Joy é uma atriz que consegue atingir níveis superiores em seus papéis e vem sendo muito explorada nos últimos anos. Aqui ela traz Margot, uma jovem que não se encaixa no ambiente que se encontra e não faz questão de agradar de ninguém. Ela é a única que consegue bater de frente com a prepotência e regras excessivas impostas pelo Chef.
Nicholas Hoult personifica um adorador do restaurante e de seu tutor. Sua necessidade de demonstrar superioridade intelectual e agradar ao Chef Slowik é agoniante e muito bem administrada. Nicholas vem ganhando destaque em seus papéis, consegue aqui um personagem complexo que permite com que ele demonstre todo seu potencial.
O Menu é um suspense com nuances de vários gêneros, é supreendente e grandioso mesmo sendo um filme minimalista. É como um prato de porção pequena de um restaurante renomado e caro, feito pra ser apreciado. Os alertas da intensidade do filme são para que ninguém assista sem saber que algo pesado está por vir. É, sem dúvidas, um dos filmes mais polêmicos e bem conduzidos do ano.