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O Caminho da Água é acusado de romantizar o colonialismo

O Caminho da Água é acusado de romantizar o colonialismo

Avatar: O Caminho da Água, a sequência tão aguardada de Avatar, nem estreou direito nos cinemas e gerou reclamações dos fãs. Além disso, o longa também foi acusado de romantizar o colonialismo.

Depois de ser acusado pelo Unbothered UK sobre ser uma reimaginação grosseira do colonialismo, novas críticas em torno do longa-metragem surgem.

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Shaznay Martin, autora do artigo, chamou o filme de “analogia problemática da opressão indígena”, dizendo que Avatar é uma “alegoria do colonialismo” nativo-americano (via Fox News).

“Uma corporação ignorante, agressiva e faminta por dinheiro, apoiada por forças militares, deseja destruir a pátria sagrada das comunidades indígenas para obter recursos valioso. Soa um pouco familiar para mim. Na verdade, James Cameron admitiu que Avatar é baseado sobre a colonização dos nativos americanos”, diz o artigo.

“Avatar é uma recontagem de ficção científica da história da América do Norte e do Sul no início do período colonial”, continuou Martin. “Avatar fez referência muito incisiva ao período colonial nas Américas, com todo o seu conflito e derramamento de sangue entre os agressores militares da Europa e os povos indígenas. A Europa é igual à Terra. Os nativos americanos são os Na’vi. Não é para ser sutil.”

Mais críticas em torno da polêmica

A crítica de Martin não é a única a estar no ar. A NBC News publicou um novo artigo, também citando o colonialismo presente em Avatar: O Caminho da Água.

“Avatar: O Caminho da Água é um espetáculo verdadeiramente impressionante, minado por seus temas coloniais. Este primeiro filme estava obcecado em lembrar aos espectadores, repetidamente, que eles estavam vendo um novo mundo de uma perspectiva colonial”, diz o artigo.

Carolyn Hinds, crítica de cinema, também citou sobre o assunto, comentando que faria uma análise completa em torno do assunto histórico da sequência de Avatar,

“Vou escrever uma resenha, mas deixe-me apenas dizer que Avatar realmente glorifica o colonialismo. Olhe além do que lhe é dito e olhe para o que realmente lhe é mostrado. A narrativa do que este filme supostamente trata é contrariada em sua narrativa e caracterizações”, disse ela.

“Os brancos pensam no colonialismo de uma forma muito ultrapassada, equiparando-o aos peregrinos europeus do século XV. O colonialismo é uma realidade muito presente e assume muitas formas, como inserir-se em uma cultura e deslocar os locais em poder e status, por exemplo, Jake e Grace”, escreveu Hinds.

Avatar: O Caminho da Água está em cartaz nos cinemas.

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