O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve inaugurar em seu governo a extensão da transposição do rio São Francisco até o Ceará, trecho licitado na gestão de Jair Bolsonaro (PL), acusado por adversários de se apropriar da obra, iniciada no segundo mandato do petista.
O Ramal do Salgado, um dos últimos trechos da transposição do São Francisco, teve o edital anunciado em outubro de 2021. A Engibras ganhou a disputa no início deste ano, mas o leilão foi contestado pela rival Queiroz Galvão e posteriormente anulado pelo governo por um erro operacional.
No final de novembro, a disputa teve seu desfecho, com um julgamento que considerou a Engibras vencedora da nova licitação realizada —a empresa deu lance de R$ 357,85 milhões.
No entanto, segundo consultores que acompanham o processo, não houve qualquer movimentação do Ministério do Desenvolvimento Regional para a assinatura do contrato, passo fundamental para que as obras tenham início.
A expectativa é que isso só ocorra em janeiro e, com isso, a extensão saia do papel durante o terceiro mandato do petista, já que a previsão é de que as obras durem em torno de 30 meses.
Em sua campanha pela reeleição, Bolsonaro usou a transposição do rio São Francisco em suas peças eleitorais. O atual presidente finalizou apenas trechos do projeto. Quando assumiu a Presidência, as obras de transposição do São Francisco já tinham sido concluídas em mais de 90% nos governos de Lula, Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).
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