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Galáxias vistas pelo Webb reescrevem histório do início do Universo

Galáxias vistas pelo Webb reescrevem histório do início do Universo

Observações feitas pelo telescópio espacial James Webb, da Nasa, estão mudando a compreensão do universo primitivo, indicando a presença de galáxias grandes e maduras, mas notavelmente compactas, repletas de estrelas, muito mais cedo do que os cientistas consideravam ser possível.

Astrônomos disseram que os dados obtidos pelo telescópio revelam o que parecem ser seis grandes galáxias tão maduras quanto a nossa Via Láctea existindo cerca de 540 a 770 milhões de anos após a explosão do Big Bang, que deu início ao universo há 13,8 bilhões de anos. O universo tinha aproximadamente 3% de sua idade atual na época.

Essas galáxias, uma das quais parece ter uma massa rivalizando com a nossa Via Láctea, mas 30 vezes mais densamente compacta, parecem diferir de maneiras fundamentais daquelas que povoam o universo atualmente.

“Oh, elas são radicalmente diferentes – criaturas verdadeiramente bizarras”, disse o astrofísico Ivo Labbe da Universidade de Tecnologia de Swinburne na Austrália, principal autor do estudo publicado na revista Nature. “Se a Via Láctea fosse um adulto de tamanho regular e médio, digamos, cerca de 1,75 metros de altura e 70 kg de peso, essas galáxias seriam bebês de 1 ano de idade pesando o mesmo, mas com menos de 7 cm de altura. O universo primitivo é um show de horrores.”

Imagens de seis candidatas a galáxias massivas, vistas de 540 milhões a 770 milhões após o Big Bang, são vistas em imagens de divulgação do telescópio James Webb - Nasa, Esa, CSA, I.Labbe(Swinburne University of Technology)/Divulgação via Reuters - Nasa, Esa, CSA, I.Labbe(Swinburne University of Technology)/Divulgação via Reuters

Imagens de seis candidatas a galáxias massivas, vistas de 540 milhões a 770 milhões após o Big Bang, são vistas em imagens de divulgação do telescópio James Webb; a do lado esquerdo abaixo tem tantas estrelas quanto a Via Láctea, mas é 30 vezes mais compacta

Imagem: Nasa, Esa, CSA, I.Labbe(Swinburne University of Technology)/Divulgação via Reuters

O Webb foi lançado em 2021 e começou a coletar dados no ano passado. Os achados foram baseados no primeiro conjunto de dados divulgado pela Nasa em julho do ano passado a partir do Webb, um telescópio com instrumentos de detecção de infravermelho capazes de detectar a luz das estrelas e galáxias mais antigas.

(Reportagem de Will Dunham)

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