Um grupo de baloeiros pode ter solucionado o mistério de pelo menos um dos óvnis (objetos voadores não identificados) avistados sobre território norte-americano nas últimas semanas. Um de seus pequenos balões desapareceu no mesmo dia e região que um objeto foi abatido sobre o Yukon, no Canadá.
No último sábado (11), um míssil militar dos Estados Unidos, com valor estimado em US$ 485 mil (R$ 2,5 milhões, na cotação atual), foi disparado por um caça F-22 da Força Aérea (um avião de R$ 750 milhões), para destruir e derrubar o objeto. Se for mesmo o balão amador, ele custou cerca de US$ 12 (R$ 62).
O grupo Northern Illinois Bottlecap Balloon Brigade não tem como cravar a informação, mas a trajetória do balão sugere uma conexão. Ele estava circulando a Terra há 124 dias, prestes a completar a sétima volta, e sua última localização registrada foi próxima ao Alasca.
Este tipo de balão de pesquisa parece um saco plástico com cerca de 80 cm de diâmetro; é mais leve que um pequeno pássaro. Ele carrega um transmissor de rádio e voa a uma altitude entre 10.000 e 15.000 quilômetros, semelhante a aeronaves comerciais.
Pânico dos balões
O objeto sobre o Yukon foi o terceiro de quatro abatidos por ordem do presidente Joe Biden nas últimas semanas. O primeiro foi um balão chinês, acusado de espionagem, que sobrevoou os Estados Unidos por alguns dias e foi derrubado sobre o oceano Atlântico, no último dia 4.
Mas o próprio governo já admitiu que os três objetos seguintes não guardam relação; provavelmente, eram balões de hobby ou pesquisa climática. “Nada até agora sugere que eles estavam relacionados ao programa de balões espiões da China ou que eram veículos de vigilância de qualquer outro país”, disse Biden.
Também não há qualquer evidência de tecnologia alienígena ou atividade extraterrestre. Alguns analistas consideram a ação exagerada, e apelidaram o episódio de “Pânico dos Balões de 2023”.