Os Estados Unidos devem anunciar nesta terça-feira uma assistência financeira “substancial” para ajudar a Ucrânia a lidar com os danos causados pela Rússia à sua infraestrutura energética, durante uma reunião da Otan na Romênia, disseram autoridades americanas nesta segunda (28).
A ajuda, que será detalhada em Bucareste pelo secretário de Estado, Antony Blinken, “será substancial e não será a última”, disse um alto funcionário dos EUA a repórteres sob condição de anonimato.
O alto funcionário lembrou que o governo do presidente Joe Biden destinou 1,1 bilhão de dólares a iniciativas energéticas na Ucrânia e Moldávia.
O anúncio ocorre antes de uma conferência internacional “em apoio à resistência civil ucraniana” a ser realizada em 13 de dezembro na França, acrescentou.
A Rússia lançou uma campanha de ataques maciços de mísseis contra a infraestrutura de energia em toda a Ucrânia em outubro. De acordo com o governo de Kiev, entre 25% e 30% dessa infraestrutura foi danificada.
“O que os russos estão fazendo é visar especificamente as centrais transformadoras de alta tensão” e não apenas as centrais elétricas para interromper toda a cadeia, desde a produção até à distribuição, explicou o alto funcionário.
Os ministros das Relações Exteriores da Otan se reunirão na terça e quarta-feira em Bucareste para discutir o apoio da Aliança Atlântica à Ucrânia desde a invasão russa em 24 de fevereiro.
A Alemanha, que preside o G7, convocou para terça-feira uma reunião à margem da Otan sobre a crise energética provocada pela guerra na Ucrânia, na qual Washington pedirá a outros países que intensifiquem a ajuda nesta área, segundo o alto responsável americano.
Além da guerra na Ucrânia, os ministros da Otan revisarão a adesão da Finlândia e da Suécia, já ratificada por 28 dos 30 Estados membros e pendente do endosso da Turquia e da Hungria, enquanto discutem a crescente ameaça da China.
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