No título do despacho da Reuters, “Brasil registra superávit comercial recorde impulsionado por vendas à China”. Foi o melhor resultado para novembro desde que começou o levantamento há três décadas, com salto de 35,6% nas exportações ao país em comparação com um ano antes.
A agência sublinha ser o mês de início dos envios do milho brasileiro, aprovado por Pequim logo depois da eleição.
A mesma Reuters noticiou a convocação da “cúpula China-Árabe” (acima) daqui a uma semana, na capital saudita, Riad. Com a presença de Xi, deve reunir governantes árabes do Oriente Médio e da África. É “esperada a assinatura de dezenas de acordos cobrindo energia, segurança e investimentos”.
Ainda que sem resultados comerciais, o Renmin Ribao noticiou com Xinhua a visita a Pequim do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, no rastro do primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz.
Xi disse esperar “que a União Europeia proporcione às empresas chinesas um ambiente de negócios justo” e “se oponha a todas as formas de ‘nova guerra fria'”. Michel disse que a UE “está disposta a continuar avançando no acordo de investimento” com a China.
Nessa direção, no Financial Times, a ministra da economia da Holanda “defende laços comerciais com a China” e “sinaliza que não vai minar a relação apesar da pressão dos EUA contra exportações”, sobretudo holandesas, de chips.
A UE, diz ela, “tem que ter sua própria estratégia” na relação com Pequim, que “está realmente dando um impulso fundamental para a Europa, em inovação e comércio”.
OFENSIVA
A sombra de “guerra comercial” Europa-EUA, que vinha sendo levantada pelo site Politico, chegou às manchetes de jornais franceses e americanos no início do dia, com o encontro entre Emmanuel Macron e Joe Biden.
No Le Monde, “Macron lança ofensiva em nome da Europa”, contra o protecionismo de nova legislação americana. No New York Times, “Biden e Macron confrontam suas divergências sobre subsídios”.
Fim do dia e, em chamada sem maior destaque no Wall Street Journal, “Biden diz estar aberto a ‘ajustes’ nos subsídios que irritaram aliados dos EUA”. No texto, “mas não se comprometeu com nada específico”.
‘CAMARADA JIANG ZEMIN’
Enlutada, a capa do Renmin Ribao ou Diário do Povo, do Partido Comunista, evitou a cor vermelha ao manchetar que “Jiang Zemin viva para sempre”, acima.
E no telejornal da rede CCTV, abaixo, Xi Jinping e outros líderes se inclinam ao receber o corpo, na pista do aeroporto de Pequim.
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