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Como Apple se mantém fora da onda de demissões em massa?

Como Apple se mantém fora da onda de demissões em massa?

Em meio as recentes demissões em massa das grandes empresas de tecnologia, a Apple está se saindo bem com a sua estratégia de evitar o corte de diversos funcionários.

A gigante de Cupertino parece estar imune — pelo menos, até o momento. A última grande demissão em massa pela qual a Apple passou aconteceu em 1997, um pouco antes de Steve Jobs voltar a empresa e substituir Gil Amelio como chefe-executivo. Foram 4.100 funcionários demitidos com o intuito de cortar custos.

Por outro lado, além de outras empresas, a Microsoft e o Google anunciaram, na semana passada, o fim de 10 mil e 12 mil contratos de trabalho, respectivamente.

Foram ao todo 200 mil demissões desde o início de 2022, segundo o Layoffs.fyi, site que rastreia os cortes no setor à medida que aparecem em relatórios da mídia e comunicados da empresa.

Os diferenciais da Apple

Enquanto as outras gigantes da tecnologia aumentaram seu quadro de funcionários durante a pandemia, entre setembro de 2019 e setembro de 2022, a Apple decidiu ser mais contida nas contratações.

Segundo informa o The Wall Street Journal, a Amazon dobrou o seu número de colaboradores; a Microsoft registrou um aumento de 53%; Alphabet (controladora do Google), 57%; e a Meta (ex-Facebook), 94%. Enquanto, a Apple contratou apenas 20%.

Esse pode não ser o único motivo da gigante de Cupertino não estar aparentando tanta dificuldade pela crise nas big techs. Algumas políticas da empresa podem colaborar para isso.

Apple, por exemplo, não oferece almoço gratuito para funcionários no Apple Park, campus corporativo da empresa. Aqueles que quiserem comer por lá devem pagar pela comida, diferentemente do que acontece no Google e na Meta.

Além disso, a gigante da maçãzinha congelou as contratações após demitir 100 empregados, de um total de 164 mil, em agosto do ano passado. Os funcionários em questão eram profissionais responsáveis por contratar pessoas da área de tecnologia.

Outro ponto que também pode explicar as não demissões em massa da atual fase é o não investimento pesado em certos projetos, como a Meta gastando bilhões de dólares em seus Reality Labs para suas novas ambições no Metaverso.

Apesar de estar trabalhando em um fone de ouvido de realidade aumentada (RA) que deve ser apresentado nos próximos meses e em seu Apple Car, a Apple não tem como objetivo seguir as novidades anuais de seus concorrentes com algum lançamento em cada setor. Seus smartphones chegam ao mercado apenas com inovações graduais.

Embora a gigante de Cupertino esteja conseguindo segurar as pontas até agora e a gestão de Tim Cook, chefe-executivo da Apple pareça ser a resposta para evitar essa crise, a empresa mostrará seus resultados trimestrais no dia 3 de fevereiro. Será que a Apple irá reportar seu primeiro declínio trimestral de vendas em mais de três anos?

(*) Com informações de The Wall Street Journal

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