Em quilos, a produção do ano caiu para 208 toneladas de azeite, em livre queda na comparação com os dados de 2021. Entre os principais problemas que causaram a quebra, estão eventos climáticos extremos, além dos impactos nos preços de produção e venda provocados pela guerra na Ucrânia.
“Ao todo, esse foi um ano profundamente marcado por mudanças climáticas, entre mau tempo e estiagem com uma multiplicação de eventos extremos, das tensões internacionais com a guerra na Ucrânia e dos aumentos com gastos de energia e matérias-primas que pesam para empresas e famílias”, diz o relatório.
Os piores resultados ocorreram no sul da Itália, da Puglia a Calábria, área que corresponde a cerca de 70% da produção nacional de azeitonas e azeites.
Só na Puglia, que é conhecida como “coração” da olivicultura italiana, a queda chegou a 52% principalmente por conta da onda de frio que atingiu o país na primavera e depois com a estiagem que afetou o território.
Já em Salento, a retração de cerca de 10% da produção nacional ocorreu por conta de uma infestação da bactéria Xylella fastidiosa. Quedas significativas também ocorreram na Calábria (-42%) e na Sicília (-25%).
A região centro-norte conseguiu até registrar um aumento na produção, mas não supriu os problemas de fornecimento do sul da nação.
No Lazio, houve alta de 17%; na Úmbria e na Toscana a elevação foi ainda maior, com 27%; na Toscana foi de 40%; e na Ligúria, foi de 27%. Os melhores resultados, no entanto, foram no Vêneto – com aumento de 67% – e na região da Lombardia, com 142%, com as plantações se estendendo da área dos lagos (Garda, Como e Maggiore) até os vales alpinos.
Conforme os dados da Coldiretti e da Unaprol, a Itália está entre os três maiores consumidores do mundo de azeite de oliva e cada família do país gasta cerca de 117 euros por ano para comprar o produto. O consumo per capita é de 8kg por pessoa e mais de 97% dos cidadãos do país dizem usar o azeite de oliva extra virgem com frequência. (ANSA).