A cápsula Orion, parte do programa Artemis da Nasa para exploração da Lua, alcançou seu ponto mais próximo do satélite ontem (21). A uma distância de apenas 130 km, ela tirou “selfies” impressionantes com sua câmera acoplada.
As imagens impressionaram a equipe da agência espacial norte-americana, segundo o diretor de voo da Space Center da Nasa, Judd Frieling. “Hoje foi um dia fantástico”, comemorou.
O perfil oficial da Orion no Twitter anunciou a conquista.
“#Artemis I, dia de voo 5. A espaçonave Orion tira uma selfie enquanto se aproxima da Lua antes do sobrevoo motorizado de saída – uma queima do motor principal de Orion no módulo de serviço da European Space Agency (ESA). Durante esta manobra, Orion chegou a 81 milhas da superfície lunar”, diz a postagem.
Ao infinito e além
A Orion foi enviada ao espaço por meio do Sistema de Lançamento Espacial (SLS), o foguete mais poderoso do mundo, no último dia 16. O evento ocorreu no Centro Espacial Kennedy da Nasa, na Flórida, Estados Unidos, após sucessivos atrasos.
A jornada de 26 dias da Orion terá uma órbita retrógrada que permitirá a coleta de dados em um espectro de distância da Lua que vai dos 129 km até 64.400 km.
O sucesso dessa missão prepara terreno para as futuras Artemis 2 e Artemis 3, agendadas para 2024 e 2025 respectivamente. Através? das missões Artemis?, a Nasa vai pousar a primeira mulher e a primeira pessoa negra na superfície da Lua.
E a ideia agora não é só dar alguns passos para a humanidade, e sim marcar presença lunar de longo prazo, numa base em solo e uma estação espacial em órbita. Ela servirá ainda de “trampolim” para missões a caminho de Marte.
Depois de cumprir seus planos, Orion retornará à Terra em 11 de dezembro, com queda planejada no Oceano Pacífico.
Para quem está curioso sobre a Orion, saiba que a Nasa transmite online o trajeto da espaçonave ao vivo.
Foguete mais poderoso do mundo
A Nasa também comentou sobre a potência do foguete do Sistema de Lançamento Espacial da missão Artemis 1. Os resultados estão sendo positivos. “O foguete funcionou e superou as expectativas”, afirmou Mike Sarafin, gerente da missão.
A equipe optou por um abastecimento mais leve para contornar problemas anteriores, que haviam causado dois atrasos.
Durante a decolagem, alguns danos afetaram a plataforma de lançamento 39B. Para se ter uma ideia, os propulsores do foguete explodiram portas e o sistema de elevador não funciona mais desde então.
“Tínhamos o foguete mais poderoso do mundo e a pressão basicamente explodiu as portas de nossos elevadores”, completou Sarafin. Mas o time aponta que boa parte deles eram esperados e não afetam a missão atual.