Depois de um período de silêncio desde que foi descoberto um rombo de R$ 40 bilhões em sua contabilidade, as Americanas praticamente sumiram das redes sociais e pararam todas as suas comunicações publicitárias
Até então, a marca havia apenas publicado algumas ofertas e um post para responder a algumas possíveis dúvidas do público. Ontem (29), a empresa publicou um vídeo que agradece o apoio dos consumidores: “O carinho entre nós e você só aumentou”, diz trecho da publicação.
Até o momento, o post tem mais de 11 mil curtidas e quase mil comentários. Confira:
Momento de silêncio
- Desde que o rombo foi anunciado pela própria empresa, a companhia praticamente parou suas publicações de ofertas nas redes sociais – no Instagram, por exemplo, foram só 7 postagens desde o dia 11 de janeiro.
- No período, as Americanas abriram mão do patrocínio ao Big Brother Brasil, da Globo, um dos maiores pacotes publicitários do país.
- Segundo fontes ligadas à reportagem, não há previsão alguma de quando (e se) a empresa voltará a anunciar em TV e jornais.
Segundo o estudo Agências & Anunciantes, produzido pelo Meio & Mensagem, as Americanas são o oitavo maior anunciante do Brasil: em 2021, a varejista investiu quase R$ 700 milhões em campanhas publicitárias.
Comunicação poderia ser melhor, aponta especialista
Para Beto Almeida, CEO da consultoria Interbrand, o silêncio é negativo para a reputação da empresa.
Um caso como esse nos apresenta diversas perguntas. É óbvio que há coisas que tem a resposta e outras não. O ideal é, mesmo não tendo as respostas, desenvolver o caminho para chegar até elas.
Segundo o executivo, não existe um caminho único de se posicionar: mas a comunicação tem um papel fundamental para a empresa falar com os seus diferentes públicos, da melhor maneira possível.
Abrir canais de comunicação e ter uma comunicação direta e ativa, proativa e reativa, é importante. É difícil a gente avaliar ainda o quanto as Americanas estão fazendo isso ou não, o quanto seus controladores também estão sendo envolvidos nessa questão. Mas, sim, parece que daria para fazer algo melhor.
Beto Almeida, CEO da consultoria Interbrand