Alec Baldwin, 64 anos, entrou com um processo contra membros da equipe de “Rust” que, segundo o ator, seriam os responsáveis por entregar em suas mãos a arma carregada que acabou matando a diretora de fotografia Halyna Hutchins, atingida por uma bala no peito.
O documento, entregue ontem em uma corte de Los Angeles, nos Estados Unidos, nomeia a armeira Hannah Gutierrez-Reed, a cenógrafa Sarah Zachry, o fornecedor de munições Seth Kenney e o assistente de direção Dave Halls, que deu o revólver nas mãos do ator, como os funcionários que levaram ao incidente.
Segundo Baldwin, Halls teria garantido que o revólver era uma “arma fria”, não carregada com projéteis de verdade, situação ideal para uso em filmes. O processo em nome da estrela foi entregue à Justiça por seu advogado, Luke Nikas, que argumentou que Hutchins está morta “porque balas de verdade foram entregues ao set e colocadas na arma”.
“Essa tragédia aconteceu em um set de cinema — não um estande de tiro, não um campo de batalha, não em uma locação em que deveria existir a mais remota chance de uma arma conter munição verdadeira”, completa o processo sobre a morte, que aconteceu em 21 de outubro do ano passado.
Em uma entrevista à ABC, Baldwin afirmou que nunca apertou o gatilho da arma que acabou matando Hutchins e ferindo o diretor Joel Souza, durante a produção do filme no Novo México.
Os funcionários apontados no processo movido pelo ator também negaram ser responsáveis pela morte da vítima, que tinha 42 anos. Em agosto, investigadores já declararam que não acreditam que a arma tenha sido carregada com projéteis de verdade “intencionalmente” ou “com o objetivo de ferir ou matar”, de acordo com o site Yahoo.
Até o momento, a promotoria dos Estados Unidos ainda não declarou se irá indiciar alguém pelo caso. Em fevereiro, a família de Hutchins também abriu um processo, contra Baldwin e outros produtores de “Rust”, chegando a um acordo no mês passado. A mulher deixou marido e um filho.