Por Sinchita Mitra e Anchal Rana
(Reuters) – A mineradora de criptomoedas Argo Blockchain disse nesta quarta-feira que venderá sua instalação de mineração Helios por 65 milhões de dólares e refinanciará um novo empréstimo garantido por ativos, enquanto busca evitar a falência, fazendo com que suas ações listadas em Londres disparassem.
A Argo, que no início deste mês alertou que poderia ter que entrar com um pedido de proteção contra falência devido à insuficiência de caixa, disse que os acordos permitirão que a empresa continue suas operações.
As ações da Argo listadas em Londres, que caíram 92% até agora este ano, subiram 120% após o acordo de venda e refinanciamento com a canadense Galaxy Digital Holdings. No fechamento, subiam quase 77%.
As transações incluem o refinanciamento de empréstimos com um novo crédito de 35 milhões de dólares com a Galaxy, que ajudará a reduzir seu endividamento total em 41 milhões de dólares, informou a empresa.
A mineradora de cripto, fundada em 2017 pelo diretor executivo Peter Wall, vinha lutando com um aumento nos custos e margens pressionadas em meio a preços mais baixos de bitcoin e custos de energia mais altos na Helios.
As mineradoras de moeda digital, como o Argo Blockchain, usam computadores para resolver problemas cripto e recebem uma recompensa na forma de criptomoeda.
A mineração de criptomoedas foi considerada um “desafio emergente para a confiabilidade da energia nos próximos anos” pela North American Electric Reliability Corporation neste mês.
A Argo, com sede em Londres, planeja concentrar operações em seus dois centros de dados em Quebec, no Canadá, que são totalmente alimentados por hidreletricidade de baixo custo.
“(A) transação com a Galaxy… nos fornece um balanço patrimonial mais forte e maior liquidez para ajudar a garantir operações contínuas durante o mercado em baixa”, disse Wall.
Este ano tem sido difícil para mineradoras de criptomoedas, com as ações de Marathon Digital, Riot Blockchain e Valkyrie Bitcoin Miners caindo entre 80% e 90% enquanto lutam como consumo de caixa e dívidas.
A Compute, operadora de data center de mineração de criptomoedas, pediu proteção contra falência em setembro.
(Reportagem de Amna Karimi, Sinchita Mitra e Anchal Rana)