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Quitar Financiamento De Imóvel: Qual Melhor Estratégia?

Quitar Financiamento De Imóvel: Qual Melhor Estratégia?

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Ainda que o imóvel alugado tenha suas vantagens, como flexibilidade ou a chance de investir o montante que seria usado nos pagamentos mensais, muitos brasileiros mantêm o sonho da casa própria. O grande empecilho para tirar a realização do papel, porém, é o fato de o orçamento ficar comprometido em financiamentos que chegam a durar décadas.

Para quem tem um dinheiro guardado ou consegue acumular uma poupança maior no fim do mês, pode ser bem interessante amortizar o valor financiado. A amortização representa uma maneira de antecipar as parcelas finais do financiamento imobiliário.

Como a maior parte da amortização é composta de juros, os descontos para o investidor são bastante interessantes. Sem falar na redução do prazo para quitar o compromisso junto à instituição financeira.

“A maioria dos brasileiros financia o imóvel em 30 anos e acaba quitando o financiamento na metade deste tempo. É a melhor estratégia para reduzir os juros. A recomendação é aproveitar a renda extra e o 13º salário para este objetivo”, afirma o cofundador e CEO da plataforma de planejamento financeiro Super Rico, Carlos Castro.

Para os colaboradores com carteira assinada, o uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) é uma boa alternativa, diz Castro. Para isso, o cliente precisa entrar em contato com a Caixa, banco estatal responsável pela gestão do fundo.

A situação é diferente se a opção for realizar pagamentos adicionais da parcela, em que é necessário comunicar a instituição que concedeu o financiamento.

Veja abaixo como pagar um imóvel na metade do tempo e o quanto é possível economizar com as amortizações extras.

Como fica o financiamento em 30 anos?

Para ajudar os investidores, o UOL mostra abaixo uma simulação de imóvel financiado no valor de R$ 500 mil, com prazo de pagamento de 15 e 30 anos. O modelo utilizado é o SAC, em que o valor da dívida diminui de forma progressiva, conforme os pagamentos mensais.

Na simulação elaborada pelo diretor da Comdinheiro, Filipe Ferreira, no prazo de 360 meses, a parcela do investidor ficaria em R$ 4.107,72. Desse montante, R$ 1.044,44 (25,4%) é referente à amortização regular das prestações mensais e R$ 3.063,28 (74,6%) diz respeito aos juros e encargos como seguro e impostos. Na tabela SAC de financiamento, essa amortização é constante, mas os juros vão diminuindo e, portanto, o valor das parcelas diminui com o tempo.

Assim, o valor total do imóvel, ou seja, quanto de fato a pessoa precisaria gastar para ter o bem até o final do contrato, é de R$ 940.588,96.

Como consigo economizar?

Uma boa opção para reduzir pela metade a quantidade de parcelas é pagar duas amortizações por mês, ao invés de apenas uma. Dessa forma, o investidor acrescentaria mais R$ 1.044,44 (25,4%) às prestações, elevando inicialmente o pagamento para R$ 5.152,16.

À primeira vista, pode soar mais caro, uma vez que há um acréscimo considerável do desembolso mensal. No entanto, o investidor quitaria o imóvel em 180 meses e conseguiria economizar R$ 147.372,03 (15,66%).

Neste cenário, a mesma residência de R$ 500 mil sairia por R$ 793.216,94.

Quais são os cenários?

Cenário regular – 360 meses (30 anos)

  • Parcela: R$ 4.107,72
  • Juros e encargos: R$ 3.063,28 (74,6%)
  • Amortização: R$ 1.044,44 (25,4%)
  • Valor total: R$ 940.588,96

Cenário 180 meses (15 anos)

  • Parcela: R$ 5.152,16
  • Juros e encargos: R$ 3.063,28
  • Amortização: R$ 2.088,88
  • Valor total: R$ 793.216,94
  • Economia: R$ 147.372,03 (15,66%)

Mas realmente compensa amortizar um imóvel?

O diretor da Comdinheiro diz que, antes de decidir saldar um compromisso de forma antecipada, o investidor deve refletir sobre o quanto poderia conseguir se o mesmo montante estivesse investido, para estabelecer comparações e ter uma base.

Na maioria dos casos, a economia com juros é sempre benéfica, mas vale sempre ficar atento se não é possível obter um investimento que renda mais. Com a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano, pode valer mais a pena investir.

Há aplicações na renda fixa com retorno líquido (já descontado Imposto de Renda) de 12% ao ano, enquanto os juros do financiamento imobiliário giram em torno de 10% ao ano. Quem tem um imóvel financiado precisa observar o Custo Efetivo Total (CET), que é o valor do imóvel já descontado encargos, tributos e taxas.

Para além do ganho financeiro, o profissional destaca que a escolha pela amortização tem um valor simbólico. “Existe o efeito psicológico positivo da pessoa sentir que está quitando mais uma parcela. Isso ajuda o investidor a manter a disciplina”, afirma Ferreira.

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