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Combustíveis voltam a subir após 5 meses de queda

Combustíveis voltam a subir após 5 meses de queda

Os preços dos combustíveis para os consumidores voltaram a subir no país após cinco meses seguidos de queda, segundo dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15), conhecido como a prévia da inflação, divulgados hoje pelo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A alta média nos preços dos combustíveis foi de 2,04% em novembro.

A gasolina, que tinha registrado queda de 5,92% em outubro, teve alta de 1,67% em novembro, representando o maior impacto individual no índice geral do mês, 0,08 ponto percentual.

O IPCA-15 de novembro ficou em 0,53%, o que representou uma aceleração ante a taxa de 0,16% de outubro.

O etanol teve alta de 6,16% em novembro e o óleo diesel subiu 0,12%, segundo o IBGE. O gás veicular (-0,98%) foi o único a apresentar queda entre os combustíveis pesquisados.

Apesar da alta em novembro, os preços dos combustíveis ainda acumulam queda de 22,49% em 12 meses. A gasolina registra recuo de 24,17% em 12 meses.

Levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgado na segunda-feira (21) mostrou que a gasolina subiu de preço nos postos de abastecimento na semana passada e permanece acima dos R$ 5 por litro. Já são seis aumentos semanais seguidos ao consumidor, apesar de a Petrobras manter o preço do combustível congelado há mais de 80 dias em suas refinarias. Os aumentos mais recentes se devem, sobretudo, à alta de preços do etanol anidro, que compõe 27% da mistura da gasolina.

O grupo de preços Transportes teve alta de 0,49% em novembro, segundo o IBGE. Contribuiu para amenizar o avanço os preços das passagens aéreas, que caíram 9,48% frente à alta de 28,17% no mês anterior. Houve queda também nos preços de transportes por aplicativo (-1,04%) e nos automóveis usados (-0,82%).

Como é calculado o IPCA-15? O IPCA-15 acumula alta de 5,35% no ano. Em 12 meses, a taxa é de 6,17%, abaixo dos 6,85% dos 12 meses imediatamente anteriores.

O indicador, que leva em consideração 465 subitens de produtos e serviços, capta a inflação para famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.

A metodologia utilizada é a mesma do IPCA. A diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

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