(Reuters) – A plataforma de criptomoedas Genesis afirmou que não tem planos imediatos de pedir proteção judicial contra credores, dias após o colapso da FTX forçá-la a suspender saques de clientes.
“Não temos planos iminentes de entrar com pedido de recuperação judicial. Nosso objetivo é resolver a situação atual consensualmente sem a necessidade de qualquer pedido de proteção”, disse um porta-voz da Genesis em comunicado enviado por email à Reuters no final da segunda-feira. Ele acrescentou que a empresa continua conversando com os clientes.
A Bloomberg News publicou que fontes disseram que a Genesis estava enfrentando dificuldades para levantar dinheiro novo para sua unidade de empréstimo e alertando os investidores de que pode ser necessário pedir proteção judicial se não encontrar financiamento.
Além disso, o Wall Street Journal informou, citando fontes, que a empresa abordou a Binance em busca de um investimento, mas a plataforma rejeitou o negócio temendo conflito de interesses no futuro.
A Genesis também abordou a empresa de private equity Apollo Global Management para obter assistência de capital, de acordo com a reportagem.
A Apollo não respondeu imediatamente a um pedido da Reuters para comentar a reportagem do WSJ, enquanto a Binance se recusou a comentar.
Nesta terça-feira, a Genesis contratou a empresa especializada em reestruturações Moelis para explorar opções, incluindo um potencial pedido de recuperação judicial, segundo o publicação do New York Times.
A corretora de criptomoedas Gemini, que administra um produto de empréstimo em parceria com a Genesis, escreveu no Twitter na segunda-feira que continua trabalhando com a empresa para permitir que seus usuários resgatem fundos de seu programa gerador de rendimentos “Earn”.
Em uma declaração na semana passada, a Gemini disse que não houve impacto em seus outros produtos e serviços depois que a Genesis interrompeu os saques.
Na quinta-feira, o Wall Street Journal publicou que a Genesis havia buscado um empréstimo de emergência de 1 bilhão de dólares de investidores antes de suspender os saques.
(Por Manya Saini e Lavanya Sushil Ahire; reportagem adicional de Rishabh Jaiswal)