By Por Iain Withers
LONDRES (Reuters) – O regulador de auditorias do Reino Unido impôs uma multa de 7,5 milhões de libras (8,9 milhões de dólares) à PwC por “violações graves” encontradas nas auditorias da companhia de engenharia Babcock International, disse o órgão regulador na quarta-feira.
O Conselho de Relatórios Financeiros (FRC) disse que as penalidades estavam relacionadas a falhas nas auditorias das contas da Babcock até o final de março de 2017 e 2018, bem como de uma de suas subsidiárias no último ano.
A multa foi reduzida em 25%, para 5,6 milhões de libras, devido à resolução antecipada, disse o regulador.
A agência reguladora disse que as violações identificadas nas auditorias da PwC da Babcock incluíam falhas repetidas em desafiar a administração e obter evidências apropriadas suficientes.
A empresa também mostrou falta de competência, cuidado e diligência, disse o regulador, citando um exemplo em que não encontrou evidências de que a equipe de auditoria havia lido um contrato de 30 anos com receita vitalícia de 3 bilhões de libras escrito em francês.
Nesse caso, a equipe de auditoria não possuía conhecimentos da língua francesa nem obteve uma tradução do contrato, disse o FRC.
“Lamentamos que o trabalho em questão não tenha o padrão exigido e que exigimos de nós mesmos”, disse um porta-voz da PwC.
A Babcock, que não fazia parte da investigação da FRC, disse que realizou uma revisão de seus contratos e balanços que relataram descobertas iniciais em abril de 2021, resultando em uma baixa contábil de cerca de 2 bilhões de libras.
“Isso estabeleceu uma linha de base apropriada para o desempenho financeiro do grupo”, disse um porta-voz da Babcock.
Dois sócios da PwC — Nicholas Campbell Lambert e Heather Ancient — também foram multados em 200 mil libras e 65 mil libras, respectivamente, com descontos para 150 mil libras e 48.750 libras, respectivamente.
A investigação da FRC sobre as auditorias estatutárias da PwC das demonstrações financeiras do grupo Babcock para 2019 e 2020 está em andamento.
((Tradução Redação São Paulo))
REUTERS BC PF
