Uma suspeita já confessou a fraude. O nome dela é Jean-Ann Panton, gerente de relacionamento com o cliente da SSL. Ela deu uma declaração por escrito no dia 7 de janeiro.
De acordo com a rádio local, Nationwide News, milhões de dólares foram retirados das contas de clientes durante diversos anos.
Jean-Ann também entregou às autoridades uma lista de vítimas, mas o nome de Bolt não foi mencionado. De acordo com um ex-CEO da SSL, a empresa nem sabia que ele era um cliente.
Ela trabalhou na SSL por 25 anos. Ela disse, segundo a imprensa local, que tudo começou por volta de 2010, quando seu pai foi diagnosticado com câncer e ela era a principal responsável por seus cuidados e finanças.
“Ele teve que ir para o exterior para tratamento e não estava empregado na época. Foi nesse momento que pensei em pegar emprestado dinheiro de contas de clientes para cobrir as despesas de meu pai”, escreveu Panton. O veículo local jamaicano, JBN Network, divulgou o depoimento.
“Eu não tinha ideia de como pagaria, mas essa foi a minha solução na época. Aproximadamente três anos depois, ele faleceu e eu também tive que ajudar nas despesas do funeral. Também peguei emprestado das contas do cliente para cobrir o funeral despesas”, disse ela. Ela acabou gastando tudo o que pegou.
Isso pode acontecer com fundos no Brasil?
O gestor, no Brasil, não tem como entrar na conta da pessoa e transferir o dinheiro. Isso é impossível.
Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed, casa de análise e empresa de tecnologia e educação para investidores
Mas como faltam detalhes ainda de como a ex-funcionária fez os desvios de dinheiro, não dá para dizer se é possível ou não acontecer o mesmo aqui. “Temos órgãos reguladores que são muito respeitados pelo mercado. Mas, mesmo assim, acontecem fraudes contábeis, como essa possível fraude recente das Americanas”, diz Jorge.