As Americanas S.A. negaram neste sábado (21) que vão falir, reforçando que todos os canais de atendimento — como site, aplicativo e lojas físicas — seguem funcionando normalmente. Na quinta (19), as Americanas entraram com um pedido de recuperação judicial, após declararem R$ 43 bilhões em dívidas.
“A Americanas segue operando normalmente, mantendo seu propósito de entregar a melhor experiência. Os clientes podem comprar produtos e serviços disponíveis em diversas unidades da Americanas próximas e também no site e app da marca”, disse a empresa em comunicado aos consumidores disponível em seu site oficial.
A recuperação judicial é uma forma de empresas viáveis economicamente seguirem com suas operações, com seu caixa preservado e negociando soluções com seus credores.
Americanas, em comunicado
Relembre o caso
- 11 de janeiro: o então presidente Sérgio Rial revelou um rombo de R$ 20 bilhões no balanço das Americanas e renunciou;
- Segundo a empresa, menos de seis horas depois da divulgação do problema, credores já haviam cobrado o pagamento antecipado das dívidas, “fechando as portas para qualquer tipo de negociação”
- 13 de janeiro: a Justiça do Rio deu 30 dias para que as Americanas decidissem se pediriam recuperação judicial, protegendo temporariamente a empresa dos credores
- Em paralelo, agências de classificação de risco rebaixaram a nota das Americanas. Na S&P, a varejista passou para “D”, de “default” (calote)
- 18 de janeiro: o BTG Pactual conseguiu na Justiça bloquear R$ 1,2 bilhão das Americanas. Outros bancos também iniciaram uma batalha jurídica contra a varejista
- 19 de janeiro: pela manhã, a empresa disse ter apenas R$ 800 milhões em caixa. À tarde, protocolou um pedido de recuperação judicial, declarando dívidas de R$ 43 bilhões com 16.300 credores
- A Justiça do Rio aceitou o pedido no mesmo dia, e determinou que os bancos Votorantim, Bradesco, Safra e Itaú sejam intimados a cumprir a liminar do dia 13, que protegia as Americanas
(Matéria em atualização)