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veja como proteger seus investimentos de grandes crises

veja como proteger seus investimentos de grandes crises

Após a divulgação de um rombo de R$ 20 bilhões nos balanços das Americanas (AMER3), as ações da empresa encerraram o pregão de 12 de janeiro com desvalorização de 77%, enquanto as suas debêntures caíram cerca de 50%.

Para os investidores que aportavam nos papéis ou debêntures da companhia, o golpe no portfólio foi avassalador. Mais de mil fundos – entre renda fixa, ações e multimercados – podem ser afetados. Porém, um grupo de investidores da Americanas se salvou deste grande prejuízo: os cotistas de fundos de renda fixa. Quer entender melhor como eles funcionam? Vem com a gente!

O que são fundos de investimento em renda fixa

Os fundos de renda fixa são aqueles que aplicam, no mínimo, 80% do patrimônio em ativos vinculados à taxa básica de juros ou índices que replicam a inflação. Na prática, estes fundos aportam a maior parte dos recursos em produtos como Tesouro Selic, Tesouro IPCA+, debêntures, CDBs, entre outros.

Ao contrário do mercado de ações, que costuma ser extremamente volátil, os fundos de renda fixa são tidos como investimentos que agradam aos investidores que estão em busca de retornos mais previsíveis, já que são prefixados ou atrelados à Selic, IPCA ou outros índices e apresentam risco relativamente baixo.

Há dois tipos de títulos de renda fixa: Os prefixados e os pós-fixados. No primeiro caso, os juros que serão pagos ao investidor são definidos integralmente na contratação, o que garante previsibilidade dos retornos caso o título seja carregado até o vencimento.

Já no caso dos pós-fixados, estes são indexados a algum índice como CDI, IPCA, IGPM, dentre outros. Podemos encontrar as duas situações em diversos produtos de renda fixa, como Tesouro Direto, CDBs, debêntures e etc.

Os fundos que investiram nas Americanas

Antes de o rombo na Americanas ter sido divulgado, havia vários fundos de renda fixa com investimentos em em debêntures da companhia – títulos privados que funcionam como um empréstimo realizado por investidores para as empresas. O aporte dos fundos na varejista variava em torno de 0,5% a 2% do patrimônio deles, aproximadamente.

Por conta dessa exposição reduzida, a queda de 50% no valor nas debêntures emitidas pela Americanas resultou num prejuízo, mas que em grande parte dos casos foi menor do que 1% nas cotas em 12 de janeiro.

Essa proteção ao patrimônio não é uma coincidência: os fundos de investimento prezam pela diversificação do portfólio ao aplicar em diversos produtos em busca da rentabilidade.

Logo, eles facilitam a vida dos investidores que querem proteger o patrimônio contra grandes oscilações – como a que ocorreu com a Americanas.

Investir em fundos pode ser uma comodidade e segurança aos investidores

As debêntures consideradas de maior qualidade, chamadas pelo mercado de “high grade”, em geral, apresentam retornos que variam entre 1% a 3% acima do CDI; isso depende de diversos fatores, como qualidade das demonstrações financeiras e prazo da dívida.

Na busca por esse retorno, os investidores que escolheram aportar diretamente nas debêntures acabaram perdendo 50% do patrimônio em apenas um dia. Por outro lado, caso tivessem investido via fundos de renda fixa, o prejuízo teria sido inferior a 1% na maioria dos casos.

Assim, além da diversificação, os fundos de investimento apresentam outra grande vantagem aos investidores: a comodidade na hora de aportar recursos em várias empresas de uma vez só.

Caso estes investidores tentassem, por conta própria, alocar recursos em todas as empresas que compõem um fundo, eles provavelmente teriam um grande trabalho para fazê-lo.

Além da dificuldade de investir e acompanhar dezenas de produtos diferentes, a maioria deles requer um investimento mínimo que costuma ser maior do que o valor das cotas dos fundos. Por isso, é importante ficar atento às oportunidades de rentabilidade e diversificação de portfólio apresentadas pelos fundos de renda fixa.

Para se aprofundar no universo dos fundos de investimentos, continue acompanhando os artigos do PagBank PagSeguro no UOL Economia!

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