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Série da Globo ‘desafiou’ a magia do cinema

Série da Globo ‘desafiou’ a magia do cinema

Inspirado na icônica peça homônima escrita por Maria Clara Machado (1921-2001), o filme Pluft, O Fantasminha (2022) estreia neste domingo (8) na Globo em novo formato. Desenvolvido como o longa infantil de maior orçamento da história do Brasil, ele chega à TV aberta como uma série dividida em três episódios.

Com nomes como Arthur Aguiar, Juliano Cazarré e Fabiula Nascimento no elenco, a agora nova série da Globo “desafiou” a magia do cinema. Por se tratar de uma história de fantasmas acostumada a ser representada apenas nos palcos, Pluft precisava ultrapassar alguns obstáculos para ser minimamente crível para o público.

Diretora do longa, Rosane Svartman (Desenrola) encarou uma missão dificílima para adaptar a obra de Maria Clara. Ao lado da produtora Clélia Blessa, ela precisou convencer Cacá Mourthé, sobrinha da autora e diretora artística do Tablado, tradicional escola de atuação do Rio de Janeiro, de que era possível levar a magia de Pluft às telonas do cinema.

Com R$ 12 milhões de orçamento e uma tecnologia totalmente brasileira para a produção do projeto, Rosane e sua equipe recorreram ao uso de uma piscina do Corpo de Bombeiros de Franco da Rocha, no interior de São Paulo, para fazer as filmagens subaquáticas nas sequências envolvendo os fantasmas da história, como o protagonista Nicolas Cruz e os veteranos Fabiula e José Lavigne.

A estratégia é comum para os padrões de Hollywood e foi usada à exaustão em filmes como Avatar: O Caminho da Água (2022); mas, para o mercado brasileiro, as dificuldades ainda são muitas. Contudo, o resultado agradou à equipe e ao público, e Pluft, o Fantasminha recebeu elogios da crítica após fazer a sua estreia nos cinemas.

“Todos tinham um carinho enorme pela peça. Nós demos as mãos e contamos essa história juntos. Não dá pra pensar na responsabilidade o tempo todo, mas na paixão dá. Sempre na vontade de dar o meu coração, sangue e suor de estar neste projeto. Isso nunca saiu do meu horizonte”, contou a diretora em entrevista exclusiva à Tangerina.

“Pensamos em todas as fórmulas possíveis para contar essa história. Vamos usar captura de movimentos? Será que vai dar química entre o Pluft [Nicolas Cruz] e a Maribel [Lolla Beni]? Dá para fazer com câmeras que gravem em slow motion para depois colocar o rosto dos atores? Pensamos em tudo até encontrarmos a solução de gravarmos embaixo d’água”, continuou.

Por se tratar de uma obra tão querida da cultura brasileira, Rosane explicou que foi preciso pensar passo a passo para não sofrer com a pressão da adaptação. Na visão da cineasta, se ela tivesse focado apenas no projeto completo, não seria possível atingir o seu objetivo.

“Algum tipo de pressão sempre existe, mas eu tenho a minha forma de lidar com a pressão porque sempre é um desafio. É um passo a passo, e qual é o próximo passo que precisávamos tomar? É isso que me leva. É como se fosse o meu primeiro longa. A minha ideia é saber onde você quer chegar. Essa é a regra de roteiro, tem que saber onde você quer chegar e, no caso desse filme, nós sabíamos onde queríamos chegar. Em um filme complexo como esse, com uma história com esse peso, se eu pensasse no todo, eu não ia conseguir. Mas com um pouco de obsessão e sabendo o que queríamos, foi possível.”

O primeiro episódio de Pluft, o Fantasminha será exibido neste domingo (6), às 14h35 (horário de Brasília). Assista ao trailer:

Juliano Cazarré

Pluft, o Fantasminha

Trailer oficial

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