A primeira Lua cheia de 2023 nasce na sexta-feira (6), pouco após as 19h, junto com o pôr do Sol. Quem tiver uma vista desobstruída poderá admirar os dois fenômenos simultaneamente, um em cada lado do céu.
Ela ficará visível durante toda a noite, atravessando o firmamento de leste a oeste. Como toda Lua, pode ser observada de qualquer parte do Brasil, sem necessidade de nenhum instrumento especial. Basta um céu limpo.
Dica: tente admirar a Lua na primeira hora após nascer, bem próxima ao horizonte, pois efeitos ópticos fazem com que apareça ainda maior, por conta da perspectiva com referenciais terrestres (como prédios e árvores), e apresente belas variações de tonalidade (amarelada, alaranjada, avermelhada, rosada), devido à interação com a atmosfera.
Se tiver dificuldades em localizá-la, um site ou app de astronomia (como Skywalk, Starchart, Sky Safari ou Stellarium) pode apontar a posição da Lua naquele momento em sua região.
O sábado (7) também é uma ótima oportunidade de observação, com nosso satélite ainda com 100% de iluminação. Mas nascerá um pouco mais tarde, por volta das 19h50.
Lua do Lobo
Os povos tradicionais norte-americanos batizaram todas as Luas cheias do ano com nomes relacionados a fenômenos naturais, culturais ou místicos — que não têm relação com a astronomia.
A de janeiro recebeu a alcunha de Lua do Lobo, pois nesta época (inverno do outro lado do globo), estes animais costumam ser ouvidos uivando, em meio à neve das noites gélidas.
Inclusive, alguns povos a chamavam simplesmente de Lua de Gelo.
Aqui no Brasil, com as estações invertidas em relação ao hemisfério Norte, estes nomes não fazem sentido. De qualquer forma, são metáforas interessantes.