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Copa do Mundo: leitores apontam erros do Brasil na queda – 12/12/2022 – Painel do Leitor

Copa do Mundo: leitores apontam erros do Brasil na queda – 12/12/2022 – Painel do Leitor

Para leitores da Folha, erros de Tite na preparação da seleção brasileira e na escalação do time para a disputa contra Croácia pelas quartas de final explicam a derrota do Brasil no Copa do Mundo.

Na última sexta-feira (9), o Brasil foi eliminado pela Croácia nos pênaltis, depois de 0 a 0 no tempo regulamentar e 1 a 1 na prorrogação, encerrando o sonho brasileiro do hexacampeonato.

O técnico Tite abandonou o campo logo após a derrota e anunciou que deixaria o comando da seleção.



O técnico fez escolhas equivocadas e, derrotado, abandonou seus jogadores em campo. Duplamente culpado.

“Um técnico tem a missão, escalar, configurar e dar instruções ao seu time. Sou professora e assim conheço meus alunos e minhas alunas. Logo, se participo de um campeonato ou competição, coloco a fina prata: tem o que é bom na oralidade, outro que é bom na escrita, o que é rápido para dar respostas. Juntos formam uma equipe coesa, prontos e prontas para vencer; caso não ocorra, será porque o outro lado tem um time mais forte”, avaliou Vera Lúcia Campos Leite, 55, de Cuiabá (MT).

“No caso do Brasil, o técnico fez escolhas equivocadas (até para o pênalti) e, derrotado, abandonou seus jogadores em campo. Duplamente culpado.”



Desde 2018 eu venho dizendo que só voltaremos a vencer uma Copa quando tivermos um técnico europeu de primeira linha.

O empresário Jayme Eduardo Rincon, 64, de São Paulo (SP), atribuiu a derrota exclusivamente ao treinador. “Tite não se atualizou, continuou refém de seu atraso e se colocou mais como psicólogo do que técnico. Convocou mal, escalou mal e substituiu mal. Desde 2018 eu venho dizendo que só voltaremos a vencer uma Copa quando tivermos um técnico europeu de primeira linha.”

“A seleção brasileira entrou com estilo de jogo muito lento, perdendo o meio-campo e tendo dificuldade contra o chato time croata. Tite demorou para fazer as alterações. O Brasil enfim melhorou no segundo tempo, criou chances e merecia a vitória na prorrogação; aí veio uma desatenção geral e o erro fatal do contra-ataque que empatou a partida. Inadmissível. Rodrygo também não deveria ter a pressão de iniciar a cobrança de pênaltis”, analisou o jornalista Celso Luís Gallo, 30, de Araraquara (SP).

“Em mata-mata de Copa do Mundo, detalhes fazem a diferença. Infelizmente foi a favor dos croatas. Foi uma derrota doída de um time promissor.”



Falta equipe, conjunto, hábito de jogar junto. Enquanto for um ‘ajuntamento’ de grandes estrelas, vai continuar assim.

“Falta equipe, conjunto, hábito de jogar junto. Enquanto for um ‘ajuntamento’ de grandes estrelas, vai continuar assim. Não é a toa que temos vistos talentos individuais brilhando e não um conjunto de encher os olhos”, afirmou a assistente social Mara Jacota Cohen, 63, de São Paulo (SP).

Para o sociólogo Ricardo dos Santos Batista, 33, de São Paulo (SP), houve “dificuldade criativa e supervalorização da imagem individual dos jogadores”.

Leia a seguir outras manifestações dos leitores.

“A Croácia era melhor. Aliás, penso que um país com 3,9 milhões de habitantes deve ter um sistema de educação (e educação física) muito bom, para conseguir identificar e preparar estes talentos. Só confirma o desperdício de talentos que temos no Brasil em todas as áreas, não só no esporte. Parabéns, Croácia, merecido!”

Daniela Franco, 53, professora de educação física (São Paulo, SP)

“A falta de humildade, dancinhas de poderosos, confiar demais no patrimônio pessoal e esperar ser o melhor. Nada haver com responsabilidade e trabalho…”

Hermenson Azevedo Sá, 64, chaveiro (Belo Horizonte, MG)

“Atribuo à síndrome da Neymardependencia.”

Joel Rosa da Rocha , 55, advogado (Itapevi, SP)

“Falta de preparo psicológico. Desde 2014 o que atrapalha a seleção brasileira não é a técnica, é o emocional: insegurança, nervosismo, o peso da camisa, ego, senso de coletivo, expectativas irrealistas… Falta um bom trabalho de um(a) profissional da psicologia. Se essas questões forem tratadas com seriedade, com profissionalismo, como fazem grandes times, a próxima Copa é nossa!”

Pâmela Lunardelli, 35, psicóloga (Florianópolis, SC)

“Vaidade. Após o gol do Neymar, o clima foi de vitória, final de jogo. Comemoraram antes da hora. E a escolha do Tite para quem bateria o primeiro pênalti.”

Nilcilea Peixoto, 68, secretária-executiva (Juiz de Fora, MG)

“Quando marcamos 1 a 0 na primeira etapa da prorrogação, era preciso manter a posse de bola. Estávamos melhores fisicamente, com jogadores mais jovens, mas faltou maturidade. O Brasil não teve o espírito e nem teve, para si, a responsabilidade de levar o time à taça.”

José Roberto Paulino, 72, designer (São Luiz do Paraitinga, SP)

“Hoje os jogadores brasileiros não jogam por prazer e sim pelo dinheiro e estrelato. Deixem de pagar milhões pelos egos e recrutem quem talento e amor pelo esporte. Que uma parte do salário vá para causas sociais, para a educação dos jovens no esporte.”

Eliana Machado, professora (São Paulo, SP)

“Não jogam pelo Brasil, falta de paixão e amor à camisa que vestem ao jogar. Não adquiriram maturidade para enfrentar jogos decisivos como um time coeso e comprometido com a vitória.”

Terezinha Ribeiro Alvim, 67, professora (Belo Horizonte, MG)

“Faltou encarar o adversário com o necessário respeito. Faltou consciência, em todo o torneio, de que a derrota era uma possibilidade. Sobrou salto alto ao time da CBF na Copa do Qatar. Faltou um profissional no comando. Está na hora de buscar outro tipo de treinador.”

Lucas Christianu Vaz Costa, 39, servidor público (Recife, PE)

“O time não tinha alma. Faltou fome de bola.”

Ciro Gusmão Jr, 64, aposentado (Brasília, DF)

“O agouro do gato que foi retirado pelo assessor da CBF.”

João Silva, 34, professor (Sorocaba, SP)

“Faltou garra, disposição e, principalmente, futebol, mas sobraram dólares e disposição para carne com ouro. Mercenários acima de tudo.”

José Geraldo Silva, 62, engenheiro elétrico (São José Campos, SP)

“Um bando de moleques mais preocupados com danças, coreografias, batuques, cabelos descoloridos, sobrancelhas raspadas… Ou seja, preocupados com criar modinhas e não com jogar futebol seriamente. Não se vê isso em nenhuma das outras seleções.”

Luciana Mendes, 43, advogada (Ribeirão Preto, SP)

“Falta de um verdadeiro líder dentro de campo.”

Paulo Vasconcelos, 38, preparador físico (São Paulo, SP)

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