eyenews.com.br

O Que Fazer? Como Bloquear o Aparelho?

O Que Fazer? Como Bloquear o Aparelho?

Roubo de celular com certeza é um dos problemas mais comuns das principais capitais do país. Apesar de acontecer com maior frequência nas grandes cidades, o furto do aparelho eletrônico também ocorre em outras regiões e se transformou em um problema de segurança pública nacional.

De acordo com um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2021, a cada hora, 97 celulares foram roubados ou furtados no Brasil. Isso significa que 2.321 aparelhos foram levados diariamente das vítimas, dando um total de 847.313 celulares subtraídos. Em comparação com 2020, foram 21.390 celulares a mais roubados.

Esses números preocupam porque cada vez mais o celular tem se tornado uma extensão do que somos. Nele colocamos nossos aplicativos de banco, email, redes sociais, listas de contatos, fotos da família e dos amigos…

Mas o que fazer se o seu celular for roubado? Conversamos com especialistas e listamos as principais ações para tomar em caso de furto ou roubo de celular.

O que fazer se o celular for roubado?

1 – B.O. e bloqueios

Entre as primeiras medidas indicadas pelos especialistas está fazer um boletim de ocorrência. A partir dele será possível ter documentado o que ocorreu. No boletim, que pode ser feito online, o usuário deverá informar seus dados pessoais, detalhes de onde e como foi a ocorrência, além do maior número possível de informações técnicas sobre o dispositivo (marca, modelo, IMEI e etc).

Logo após, o ideal é ligar nos bancos solicitando o bloqueio temporário da conta para não ocorrer movimentações indesejadas, como compras, transferências e saques. É indicado também que os cartões também sejam bloqueados porque ao ter acesso no seu aparelho, o invasor pode capturar informações do seu cartão através de carteiras digitais como Samsung Pay e Apple Pay.

Em situações mais avançadas pode ser feita uma análise de todos os sites salvos em seus navegadores – alguns deles podem conter o seu cartão de crédito registrado, sendo possível ser utilizado.

Caso algum valor saia da sua conta bancária, é necessário fazer novamente o boletim de ocorrência e pedir o ressarcimento do valor para o banco. É importante verificar se a conta bancária tem algum tipo de seguro, se não tiver, é possível ser necessário entrar com uma ação contra o banco.

Em seguida, a indicação é ligar para a operadora pedindo o bloqueio do chip e do IMEI (Identificação Internacional de Equipamento Móvel), isto é, a identificação global e única para cada telefone celular. É importante pedir o bloqueio e não cancelamento da linha, para que futuramente a operadora habilite o mesmo número.

2 – Apagar dados e trocar senhas

É importante também alterar as senhas de acesso a serviços, como email, de redes sociais e aplicações financeiras, além de encerrar as sessões previamente estabelecidas.

A troca das senhas das redes sociais pode evitar que o ladrão aplique golpes de engenharia social em pessoas utilizando a sua imagem. Quando você altera sua senha em outro dispositivo, automaticamente os aparelhos conectados já são deslogados, não sendo necessário apagar de fato o aplicativo. As senhas do Facebook, Instagram e outras redes sociais, e do email podem ser mudadas pelo computador.

Logo após o roubo/furto compartilhe, em suas redes o ocorrido, para que caso haja uma tentativa de golpe seus conhecidos já estejam cientes.

3 – iPhone: busca e bloqueio do celular

Nos aparelhos com sistema iOS existe um mecanismo de segurança chamado de buscar para bloquear o celular e achá-lo que é vital o usuário deixar ativado.

Para encontrar o dispositivo, inicie uma sessão em iCloud.com/find e marque o dispositivo como perdido – ele será bloqueado remotamente com um código de acesso, mantendo suas informações seguras. Essa opção também desativa o Apple Pay no dispositivo perdido.

Ainda é possível, através do sistema do iOS, caso nunca tenha anotado, encontrar o número de série (IMEI) do aparelho e compartilhar com as autoridades, e apagar o dispositivo remotamente.

4 – Android: Busca e bloqueio do celular

Para encontrar, bloquear ou limpar um dispositivo Android que foi roubado ou furtado é necessário que ele esteja: ligado, conectado a uma Conta do Google, com os dados móveis ligados ou conectado com um wi-fi, visível no Google Play, além da localização e o serviço “encontre meu dispositivo” ativado.

O caminho para encontrar essas duas opções pode mudar de aparelho para aparelho, mas elas sempre vão estar na parte de configurações.

As funções descritas acima podem ser feitas a partir do acesso ao site, onde será necessário fazer o login na Conta do Google. Se você tem mais de um smartphone, clique no perdido na parte superior da tela. Caso o celular tenha mais de um perfil de usuário, faça login com uma Conta do Google que esteja no perfil principal. Depois disso, o smartphone receberá uma notificação e no mapa você verá onde ele está em uma localização aproximada, não exata.

Se não conseguir encontrá-lo, aparecerá o último local conhecido dele. Depois disso, ao clicar em ativar bloqueio e limpeza, você poderá escolher entre:

  • Reproduzir som: onde o aparelho reproduzirá um som, por cinco minutos, mesmo que ele esteja no modo silencioso ou de vibração.
  • Proteger o dispositivo: bloquear o smartphone com seu PIN, padrão ou senha. Caso você não tenha um bloqueio, é possível configurar um.
  • Limpar o dispositivo: exclui permanentemente todos os dados do seu smartphone, mas não exclui os dados dos cartões SD.

Se você escolher limpar, a função Encontre Meu Dispositivo deixará de funcionar. Caso você encontre seu aparelho após a limpeza, precisará da senha da sua Conta do Google para usá-lo novamente.

Como se prevenir antes do roubo?

Caso o seu celular nunca tenha sido roubado ou furtado, e você deseja se precaver, Douglas Galiazzo, professor de Direito da Estácio, recomenda sempre ter uma dupla verificação nos aplicativos de comunicação. Ela é uma forma de segurança, além da senha, para garantir que somente você tenha acesso àquela conta.

Denis Riviello, Head de Cibersegurança da Compugraf, recomenda que o usuário tenha um aplicativo de segurança antes mesmo da autenticação no aplicativo do banco, ou seja, uma outra camada de autenticação. Para maior proteção, indica que os aplicativos do banco não fiquem no seu aparelho de uso diário, e sim em um outro aparelho e em um lugar seguro, como a sua casa.

Julio Cesar Fort, sócio da Blaze Information Security, dá a dica para sempre fazer o backup do seu celular, para que as informações de trabalho ou imagens pessoais estejam em outros locais. Esse backup também ajudará na hora de comprar outro aparelho, para que você recupere todos seus dados rapidamente. Também salve as senhas de todos os aplicativos que você usa em outro lugar seguro, como uma agenda de papel.

Eye News – Sempre de olho na notícia!

eyenews
administrator

Related Articles

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *