A Glencore, empresa de commodities de mineração com sede na Suíça, pagará 180 milhões de dólares como parte de um acordo com a República Democrática do Congo (RDC) para encerrar os processos sobre acusações de corrupção.
O acordo envolve as reclamações na justiça, presentes e futuras, a respeito dos supostos atos de corrupção no período entre 2007 e 2018, afirma um comunicado.
A decisão inclui as atividades de suas subsidiárias que foram alvos de investigações, em particular do Departamento de Justiça dos Estados Unidos e da célula de inteligência financeira da RDC, explica o grupo no texto.
“Glencore é um investidor de longa data na RDC e está satisfeito de ter alcançado este acordo, que responde às consequências de suas ações passadas”, declarou Kalidas Madhavpeddi, presidente da empresa.
O grupo Glencore é proprietário de minas, especialmente de cobre, níquel e carvão, mas também tem uma divisão especializada na corretagem de matérias-primas.
Em 2018, o Departamento de Justiça americano citou a empresa em uma grande investigação de corrupção relacionada às suas atividades na Nigéria, Venezuela e RDC. Em seguida, outros países iniciaram ações judiciais contra o grupo.
Em maio de 2022, a empresa concluiu acordos coordenados com as autoridades do Reino Unido, Estados Unidos e Brasil, declarando-se culpada de atos de corrupção na África e América do Sul.
A Glencore aceitou pagar nos Estados Unidos uma multa de 700 milhões de dólares por fraude e corrupção, em particular no Brasil, Camarões, Nigéria e Venezuela, e por desvio de informações confidenciais no México.
A empresa também precisou pagar multas no valor de 486 milhões de dólares por manipulação dos preços em vários contratos.
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